Procedimento:

Mama - Masculina

Ginecomastia significa o aparecimento de mamas em homens. Saiba por que isso acontece. O termo ginecomastia, do grego “mama feminina”, refere-se ao aumento benigno, temporário ou permanente, da mama masculina em decorrência do desenvolvimento da glândula mamária. Tanto a mama feminina quanto a mama masculina é formada pela glândula mamária e por tecido adiposo (gordura). Entretanto, nos homens não há o estímulo hormonal para o crescimento da glândula mamária, que ocorre nas mulheres durante a adolescência. Desta forma, a mama masculina dita normal é formada de tecido gorduroso e uma incipiente glândula mamária. Porém, em uma considerável parcela da população masculina, ocorre o desenvolvimento da glândula mamária. Estima-se uma incidência da ginecomastia entre 32 e 36% com picos na adolescência (64%) e em idosos (40 a 60%).

A ginecomastia pode decorrer do aumento da glândula mamária isoladamente, ou associado ao aumento do tecido adiposo, dita ginecomastia mista. O aumento do volume mamário consequente exclusivamente ao acúmulo de tecido adiposo é classificado como pseudoginecomastia (ginecomastia falsa). A ginecomastia está relacionada a causas fisiológicas, patológicas (associada a outras doenças), farmacológicas (medicamentos ou drogas) ou idiopática (sem causa aparente). Entretanto, em todos os casos, há um aumento dos hormônios femininos e/ou diminuição dos hormônios masculinos na corrente sanguínea. Devido à enorme gama de causas, a consulta médica do paciente deve ser abrangente no intuito de direcionar a investigação e de propor o melhor tratamento.

Exames laboratoriais raramente são necessários.

A ginecomastia de causa fisiológica é subdividida em neonatal, puberal e da andropausa (espécie de menopausa do homem). Na ginecomastia neonatal hormônios femininos maternos são transferidos, através da placenta, para o feto. O aumento do volume mamário é transitório, permanecendo por semanas a poucos meses. Desta forma, o tratamento é raramente indicado. Adolescentes, em 65% dos casos, apresentam algum grau de ginecomastia, que normalmente regride espontaneamente em meses até poucos anos. Apenas 7,7% dos pacientes apresentam aumento do volume mamário após os 17 anos de idade. Desta forma, a cirurgia só é indicada nesta faixa etária após anos de observação ou quando afeta emocionalmente o paciente. Homens na andropausa apresentam incidência de 40 a 60% de ginecomastia, fruto da redução dos níveis sanguíneos de testosterona e do aumento do hormônio feminino.

Nas ginecomastias patológicas e medicamentosas, o simples tratamento da doença associada e a interrupção do medicamento ou droga ilícita respectivamente, podem ser suficientes para a regressão do tamanho da mama. Porém, a chance de regressão diminui consideravelmente nos casos em que a ginecomastia possui mais de 1 ano de evolução.

Ao exame físico apresenta-se como um aumento do volume da mama devido ao crescimento glândular, que à palpação mostra-se de forma discóide, localiza-se atrás da aréola, é móvel e de consistência firme e elástica. Pode ocorrer nas duas mamas ou em apenas uma e apenas 10 a 20% das pessoas relatam dor à palpação. Pessoas com ginecomastia parecem não apresentar risco aumentado de desenvolvimento de câncer de mama. Desta forma, o tratamento da ginecomastia está indicado quando gera desconforto do ponto de vista estético ao paciente.

O tratamento medicamentoso da ginecomastia é defendido por alguns autores, especialmente quando é de surgimento recente e é sintomática, ou seja, dói. Entretanto, nenhum dos diversos medicamentos possui eficácia de 100% e são isentos de retorno da ginecomastia após sua interrupção.

O tratamento cirúrgico permanece sendo o de escolha para a ginecomastia. A técnica cirúrgica dependerá do tamanho do volume mamário e da presença, ou não, de excesso de pele. Quanto maior o volume da mama e quanto maior o excesso de pele, maior serão as cicatrizes deixadas pela cirurgia. Porém na grande maioria das vezes estarão localizadas apenas nas aréolas e serão discretas. Devido ao fato de boa parte das ginecomastias ser ou do tipo misto ou psedoginecomastia (de origem adiposa), com freqüência é necessária à associação da lipoaspiração no local acometido para que possamos obter um bom resultado estético. O tempo cirúrgico geralmente varia de duas a três horas, não há a necessidade de internação hospitalar podendo o paciente retornar à suas atividades normais em uma semana. O pós-operatório costuma ser muito tranqüilo e pouca dor, que quando ocorre é de intensidade leve a moderada e muito bem controlada com analgésicos comuns. O Dr. Marco Aurélio Peixoto utiliza as mais modernas técnicas de sutura existentes, com fios absorvíveis que como o próprio nome diz não necessitam ser retirados pois são absorvidos espontaneamente pelo organismo em pouco tempo.