É um dos mais difíceis e desafiadores procedimentos dentro das cirurgias estéticas. Frequentemente, a diferença entre o bom e o mal resultado é medida em milímetros, deixando assim pouquíssima margem admissível para erros. A rinoplastia exige um acurado sentido de harmonia, aliado a um profundo conhecimento de anatomia e de técnica cirúrgica. O nariz ocupa uma posição central na face, constituindo-se numa unidade estética e ao mesmo tempo, intimamente ligada às demais estruturas faciais.
Ao analisar o paciente que se apresenta para uma cirurgia estética nasal, é importante ter o conhecimento anatômico e funcional do nariz. Em alguns casos, é necessária uma avaliação de um otorrinolaringologista, para associarmos a correção estética e funcional em um só procedimento.
Certos narizes permitem que as cicatrizes fiquem escondidas dentro da cavidade nasal. Nestes casos, não haverá cicatriz aparente.. Em outros casos, entretanto, existem cicatrizes externas pouco aparentes, como conseqëncia de incisões (cortes) feitos na columela ou nas asas nasais. Nestes casos, impõe-se a colocação destas cicatrizes externas ( pouco visíveis ), para se proporcionar um melhor resultado à forma final ou mesmo à fisiologia nasal.
Não. Existe um equilíbrio estético entre o nariz e a face, equilíbrio este que o cirurgião deve observar, a fim de preservar a naturalidade e autenticidade dessa face. Cada caso é estudado minuciosamente para dar ao nariz a melhor forma possível dentro das exigências da face. Se a sua escolha coincidir com aquele tipo de nariz planejado, sem dúvida, seu desejo será atendido. Cirurgião e paciente deverão estar de acordo com o resultado possível de se obter. As imagens computadorizadas tem-se constituído como um auxiliar muito útil nas rinoplastias, possibilitando a simulação das alterações nasais, o que permite ao paciente visualizar os resultados cirúrgicos projetados antes da realização da cirurgia, também servindo para o paciente assumir um papel ativo na determinação de quais objetivos estéticos serão ideais e de quais os resultados cirúrgicos serão possíveis.
Não. Várias fases são características do pós-operatório do nariz. Numa 1ª fase (logo após a retirada do gesso, em torno o 7º dia), apesar de corrigidos vários defeitos estéticos do nariz original, notamos um edema (inchação) que vai diminuindo e que tende a se normalizar em torno do 6º mês. Existem pacientes que atingem o resultado definitivo um pouco antes, bem como outros que ultrapassam este período. A persistência ou não do edema transitório por um período mais longo que o normal geralmente não interfere no resultado final.
A rinoplastia também visa, se possível, melhorar as condições respiratórias do paciente, quando estas são precárias no nariz original. Apesar de haver alguma dificuldade respiratória no pós-operatório mediato (algumas semanas), isto se deve ao fato de o “edema” também existir na parte interna do nariz. O movimento de “válvula respiratória” também pode estar prejudicado nesse período por alteração da elasticidade das asas. Com o decorrer do tempo, tende a normalizar-se. Problemas respiratórios poderão estar ligados ao septo que, em certos casos, poderá ser corrigido no mesmo ato cirúrgico. Quando a correção do septo demanda cuidados especiais, a rinoplastia deverá ser feita numa segunda oportunidade, após ter sido corrigido o septo.
A prática nos mostra que, em alguns casos, os sintomas crônicos que vinham incomodando o paciente há anos poderão ser minimizados ou mesmo desaparecer após a rinoplatia. Isto, entretanto, não poderá ser assegurado para todos os casos. O importante é esclarecer que as funções respiratórias deverão ser preservadas após a rinoplastia.
O resultado de uma rinoplastia persiste por longo tempo. Após alguns anos, como em qualquer parte do organismo, poderão ocorrer algumas alterações morfológicas na região nasal.
Raramente a rinoplasia determina sérias complicações. Entretanto, sendo um procedimento cirúrgico, ocasionalmente poderão ocorrer imprevistos na evolução. Felizmente, esses eventuais imprevistos são passíveis de correções posteriores, mediante revisões cirúrgicas.
Os possíveis “imprevistos” não devem ser confundidos com as formas intermediárias pelas quais passa o nariz, no pós-operatório mediato, até que atinja sua forma definitiva.
Quaisquer dúvidas a respeito de uma possível complicação pós-operatória serão esclarecidas pelo seu cirurgião, que se antecipará a informá-lo (a) a respeito disto, sem qualquer constrangimento.
Tanto a anestesia local quanto a geral ou a associada serão utilizadas. Ficará critério de cirurgião e paciente decidirem qual o mais indicado em cada caso.
Variável, dependendo do planejamento cirúrgico, podendo atingir até 4 a 5 horas. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.
Poderá variar de meio período até 1 dia de internação. Tudo dependerá do tipo de anestesia utilizada e da recuperação do paciente no pós-operatório imediado. Seu médico procurará determinar o tempo de internação, sempre visando seu maior conforto e segurança.
Quando se realiza o procedimento de fratura, o nariz é mantido imobilizado por cerca de 7 a 8 dias. Em alguns casos, utiliza-se o tamponamento nasal , que poderá ser deixado por 24 a 72 horas. Se for realizada a correção simultânea do septo, este tempo poderá ser maior, com troca de tampões.
Existe um pequeno sangramento, que é normal nas primeiras 48 horas. Isto, entretanto, não deverá ser motivo de preocupação. Um curativo de proteção, sobreposto a abertura do nariz, é conservado propositadamente, a fim de aparar esse sangramento. Esse curativo adicional poderá ser trocado em casa, tantas vezes quanto necessário.
Raramente. A rinoplastia apresenta pós-operatório bastante confortável. Quando ocorrer uma eventual dor, esta é facilmente combatida com analgésicos, que lhe serão receitados.
Raramente uma cirurgia de rinoplastia determina sérias complicações. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente para o ato operatório, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia simultaneamente a outras.
Sempre com a cabeça discretamente elevada do leito (travesseiro). Manter-se com a face voltada para cima , sempre que possível.
Geralmente após o 3º dia pós-operatório, não existe qualquer inconveniente em se expor ao eventual sol da rua. Se a face apresentar equimoses ( aquelas manchas características de infiltrado sanguíneo), deverá ser utilizado foto-protetor FPS 30 na face, evitando-se exposições ao sol diário. Entretanto, para exposições longas (praias, banhos de sol), aconselha-se aguardar um período mínimo de 30 a 45 dias.
Não se esqueça de que, até que se atinja o resultado almejado, diversas fases evolutivas são características deste tipo de cirurgia. Edemas (inchaço), “manchas” de infiltrado sanguíneo, dificuldade respiratória nos primeiros dias, são comuns a todos pacientes; evidentemente, alguns apresentam estes fenômenos com menor intensidade que outros. Esperamos que você esteja neste grupo. Caso não esteja, não se preocupe. Dê tempo para que seu organismo se encarregue de dissipar todos os pequenos transtornos. É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao seu cirurgião plástico. Geralmente, existe um período de euforia, logo que se retira o gesso ou o imobilizador (7º dia). Em raros casos, uma discreta ansiedade advém, em decorrência do aspecto transitório do edema e das manchas sanguíneas. Isto é passageiro e geralmente reflete o desejo de se atingir o resultado final o quanto antes. Tenha paciência. Lembre-se de que nenhum resultado de cirurgia estética do nariz deverá ser avaliado antes do 6º mês pós-operatório.
Evidentemente. A rinoplastia proporciona grandes satisfações. Lembre-se do que lhe foi dito anteriormente: cada caso é analisado individualmente na 1ª consulta, ocasião em que lhe são esclarecidos todos os detalhes aqui relatados, bem como aqueles que, por lapso, não tenham sido mencionados. Se médico e paciente decidirem pela cirurgia, é porque o resultado compensa. Caso contrário, deve-se recusar a operação.
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