A orelha em abano costuma causar incômodo e constrangimento. O problema geralmente é congênito e pode ser solucionado através de uma cirurgia plástica relativamente simples, cujo nome técnico é otoplastia. A intervenção cirúrgica pode ser realizada a partir dos primeiros meses de vida, mas o ideal é esperar até que a criança complete pelo menos sete anos de idade.
Existem basicamente três tipos de deformidade nas orelhas. O paciente pode ter a parte interna da orelha (concha) muito grande, ou ter ausência da dobra superior (antihélice), ou ainda possuir um ângulo muito aberto entre a cabeça e a orelha. Em todas estas situações, a melhor solução para correção desse problema é uma intervenção cirúrgica. Antes da operação, o Dr. Marco Aurélio Peixoto invariavelmente solicita uma série de exames laboratoriais para descobrir se existe algum problema em relação a anestesias ou sensibilidade a algum medicamento. De modo geral, a otoplastia é realizada com anestesia local com sedação e monitorada todo o tempo por um anestesista para maior segurança, com exceção de crianças que recebem anestesia geral leve e precisam passar o dia no hospital. A cirurgia tem duração aproximada de duas horas. A permanência hospitalar não costuma exceder doze horas não sendo necessária internação pois o paciente retornará ao seu domicílio no mesmo dia da cirurgia. O pós-operatório é relativamente simples: no primeiro dia após a cirurgia plástica o paciente deve ficar com a cabeça toda enfaixada, apenas com o rosto livre. No dia seguinte, já é possível remover todos os curativos, tomar banho e lavar a cabeça. O único cuidado especial é usar uma faixa durante trinta dias na hora de dormir, semelhante àquela utilizada por tenistas ou bailarinas. A faixa evita que a orelha se dobre no contato com o travesseiro. Não há cicatriz externa visível: ela fica escondida atrás da orelha.
A cicatriz desta cirurgia é pouco visível, por localizar-se atrás da orelha, no sulco formado por esta e o crânio. Além do mais, como se trata de região de pele muito fina, a própria cicatriz tende a ficar imperceptível, mesmo em algumas técnicas que utilizam pequenas incisões na face anterior .
Certas pacientes podem apresentar tendência à cicatrização inestética (cicatriz hipertófica e quelóide). Este fato deverá ser discutido, durante a consulta inicial, bem como suas características familiares. Pessoas de pele clara tendem a desenvolver menos freqüentemente este tipo de cicatriz.
Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar tais cicatrizes inestéticas, na época adequada. A cicatriz hipertrófica ou quelóide, não devem ser confundidas, entretanto, com a evolução natural do período mediato da cicatrização. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução cicatricial deverá ser esclarecida durante seus retornos pós-operatórios, quando teremos a oportunidade de fazer a avaliação da fase em que se encontra.
Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar tais cicatrizes inestéticas, na época adequada. Não se deve confundir, entretanto, o “período mediato” da cicatrização normal (do 30° dia até o 12° mês) como sendo uma complicação cicatricial.
Qualquer dúvida a respeito da sua evolução deverá ser esclarecida com seu médico.
Crianças: geralmente com anestesia geral. Adultos: geralmente anestesia local com ou sem sedação.
Meio período até um dia, dependendo do tipo de anestesia e idade do(a) paciente.
Geralmente em torno de 90 a 120 minutos. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.
Todo ato médico inclui no seu bojo, um risco variável e a Cirurgia Plástica, como parte da Medicina, não é exceção. Pode-se minimizar o risco, preparando-se convenientemente cada paciente, mas não eliminá-lo completamente.
Certo incômodo poderá ocorrer no pós-operatório. Quando houver esta intercorrência, ela é combatida com analgésicos comuns.
Protege-se a orelha (principalmente em crianças), nos primeiros dias, com uma espécie de touca, a fim de evitar traumatismos locais. Em alguns casos, recomenda-se o uso das faixas tipo “ballet” ou “tênis” durante as 1ªs semanas, ou mesmo curativo do tipo envoltório com faixa de crepe.
Em torno do 8º dia.
Assim que se retira o curativo já teremos em torno de 80 % do resultado almejado.
Após 12 semanas, o resultado será definitivo.
O resultado é geralmente definitivo, mas como tudo em medicina não se pode dar garantia de resultado.
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